E arrancada então de meu próprio corpo
Grito, alucinada, os olhos apertados
Engasgo em pensamentos revirados
Tão desesperada, o que sou, corrompo
Voltando a mim mesma em outro instante
Sinto doer, batendo o coração
Peito pequeno, tanta pulsação
Choro entalado como agravante
Rosto molhado, sem razão ou motivo
Meus dedos, os dentes, corpo tremendo
Arrebatada, um suspiro massivo
A vontade, deixo me corroendo
Vai-se toda a cor, fica só o espanto
Desisto por fim, meu fim; Desencanto
L.M.
26/03/2012