16.4.09
No silêncio gélido da noite
escuto os gritos surdos do coração
que fora perfurado pelo amor
e enganado pela doce paixão
Deixado tonto de saudades
sofrendo pela mísera esperança
de um momento de pura veemência,
mas arrancada com ímpeto
pela mais sombria solidão
surgida irascível e com desprezo
apagando qualquer pequeno sorriso...
Ah e como grita o pobre coração...
E como ecoa cada palavra
dentro do seu próprio ser funesto...
Mas mantem-se sufocado
e afinal não lhe entendem as palavras,
que seriam doces e melódicas,
fossem as dores meras mentiras
e não houvesse a aspereza dos lábios
que transforma os dizeres
em puros e agonizantes espinhos...
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