1.11.10
Sentiu seu olhar pesar. Faltou até um pouco de ar.
A cabeça tombada no travesseiro girou com força enquanto o grito meio grunhido escapava.
De repente, tudo era um monte de breu espalhado no quarto e a luz fraca do poste piscante iluminava o teto. Era madrugada.
Fechou os olhos e tentou esquecer o aperto no seu coração. Os olhos pesaram de novo e mais uma vez ela se sentiu sem chão.
As rimas saiam meio tortas, as palavras, na boca tremiam... Os sorrisos escorriam como morte, e no entanto nada lhe diziam.
Por fim se foi pra longe a sua verdade. Aquela que deixa no peito a saudade... Seguiu sua rotineira viagem, e a pequena sonhadora só deu passagem...
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Egolatria
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