Embora quem quase morreu está vivo, quem quase vive, já morreu...
Um Melodrama clichê
Um sorriso plácido na cara
Até engana quem me vê
Nem parece que minh'alma
Exala tanta dor e sofrer
Quanto brilho nesse olhar
que parece até sonhador
Não demonstra cada lágrima
Que meu corpo já chorou
Mas que posso eu fazer
se já não depende de mim?
Ness'alma que transborda prazer
Tudo, na verdade, caminha pro fim
E não diga que faço drama
Pois só eu sinto essa dor
Eu tentei, juro, achar calma
Mas pânico é tudo que sou
Portanto agora apenas sufoco
Esse pobre e tolo coração
Ameaço, juro e faço voto
Pra ele gostar da solidão
E ainda que minha vida
passe por entre meus dedos
Vou suportar cada ferida
E me sufocar em desespero...